ALCAPARRAS (CAPERS, KAPERN, CÂPRE, CÀPPERO).
O autor responde: sergio.di.petta@cmg.com.br
Envie para o autor suas dúvidas sobre plantio, colheita e cura da alcaparra e o seu uso no preparo dos pratos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

52. Jabuticabeira (mudança no regime de chuvas).


Foto 2
Foto 1












A jabuticabeira prefere terrenos úmidos. Na realidade para que a florada possa se transformar em jabuticabas grandes, doces e com bastante sumo, é necessário que chuvas oportunas e providenciais reforcem a umidade do terreno. Quando isso não ocorre é necessário um abundante aporte de água para suprir as necessidades da planta.
Como já temos enfatizado, em nossa região este ano choveu pouco no inverno. O inicio de uma primavera seca prejudicou sobremaneira não somente nossas jabuticabeiras mas também os cafezais da região. Ouvimos de um antigo produtor de café que a falta de chuva e o calor excessivo ocasiona a queda de muitas flores, o que prejudicará a próxima safra.
As jabuticabeiras por falta de umidade no solo produziram uma primeira florada fraca e com jabuticabas pequenas. Em seguida à primeira chuva da primavera, sobreveio uma nova florada, desta vez majestosa.
A foto 1 nos mostra a planta em dúvida cruel. Metade produzindo jabuticabas. A outra parte, que esperou a chuva, toda em flor. A foto 2 mostra a metade da planta com frutos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

51. Jabuticabeiras


Foto 1
Foto 2














A myrciária cauliflora, mais conhecida como jabuticabeira, é uma frutífera nativa do centro e sul do Brasil. Ela apresenta o fato pouco comum de ter suas flores presas ao caule (cauliflora). As interessantes flores brancas (foto 1) transformam-se em bagas redondas, pretas retintas e brilhantes que são os deliciosos frutos. Estes apresentam em média duas sementes envoltas em uma polpa bastante liquida e de cor clara.
Como se pode observar na foto nº 1, as flores se abrem todas ao mesmo tempo dando à planta um aspecto grandioso. Ela exalam um perfume muito forte que se pode sentir à distancia. Esse cheiro atrai um sem número de insetos, inclusive abelhas melíferas, que atraídos pelo néctar acabam por fertilizar as pequenas flores.
A jabuticabeira frutifica, normalmente, no mês de outubro, entretanto tivemos este ano uma frutificação temporã com jabuticabas pequenas porem muito doces, talvez abortada pela falta de chuvas. Nas fotos se pode ver muitas flores e algumas jabuticabas da florada de setembro. (continua)



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

50. Meio ambiente (9)


Foto 2

Foto 1














Este ano tivemos um inverno seco em Brazópolis; pouca chuva e mal distribuída. Em decorrência a superfície do solo secou e rachou e as camadas mais profundas perderam a umidade. As laranjeiras das imagens 1 e 2, fotografadas no final de setembro, portanto no inicio da primavera, mostram as árvores com algumas flores, mas com as folhas enroladas decorrente da falta de umidade até nas camadas mais profundas do solo atingidas pelas raízes das cítricas. O aporte de água na projeção da copa das árvores normaliza a situação.
Nestes últimos 30 anos tenho notado uma sensível redução das chuvas invernais e como conseqüência a diminuição da umidade do solo que atinge níveis críticos no final do inverno e início da primavera. O fato é que as chuvas de verão não estão sendo suficientes para repor a água do lençol freático que diminui a cada ano. Todavia é necessário atinar para o fato de que em regiões onde predomina pastos mal cuidados e demasiadamente apiloados as terras se tornam impermeáveis. Se, além disso, forem terrenos com grande declividade, certamente as águas pluviais correrão para voçorocas, córregos ou ribeirões e uma quantidade mínima de umidade penetrará no solo para repor o lençol sub-superficial.
Terrenos de pastoreio extensivo onde um hectare mal dá para sustentar uma cabeça de gado significam a desertificação em médio prazo. Vamos plantar árvores, gente.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

49. Meio ambiente (8)

Foto 1
Foto 2












Foto 3
Foto 4
 











As flores vieram mofinas neste início de primavera sem chuvas. Não é a primeira vez que isso acontece, mas ultimamente está se tornando muito freqüente aqui no sul de Minas Gerais, região que originalmente era coberta com densa vegetação de mata atlântica.
Não é necessário pesquisar muito para chegar à conclusão de que as mudanças climáticas acontecem (também) devido ao desmatamento. Na foto nº 1 vemos um pasto esturricado pelo sol inclemente produto da ausência de chuvas. Colocamos um termômetro sobre a terra e constatamos uma temperatura que atingiria os 50 ° C.
Em uma área próxima, reflorestada com eucaliptos (foto nº 3), vemos a braquiária ainda verde. A temperatura do solo, ao sol, não chega a 35° C.
Área de pasto mal conduzida e, portanto, muito pisoteadas, não permite a penetração das águas pluviais empobrecendo o lençol freático. O terreno deverá estar coberto com árvores (quaisquer) com um percentual mínimo de 20%. O consórcio eucalipto (ou outra espécie) e pasto à 50% é uma solução inteligente que demorou a chegar. Terras nuas de árvores trazem como conseqüência a diminuição das águas subterrâneas e o aumento da temperatura. Quem tem prudência deve começar a plantar árvores bem rápido. Talvez ainda consigamos evitar a catástrofe!